domingo, julho 08, 2007

Um assunto de que, por cá, raramente se fala

Máquina de voto electrónico no Brasil

Já há muitos anos que qualquer português que tenha acesso à Internet ou ao Multibanco pode, em Caminha, transferir para Vila Real de Santo António o dinheiro que lhe apetecer, não lhe passando pela cabeça que ele possa ir parar a outras mãos que não as do destinatário.
No entanto, no próximo domingo, milhares de portugueses vão ter de percorrer grandes distâncias (a mim e à minha família mais próxima calha um total de mais de 2000 km!) para votar em Lisboa; e isso porque "alguém", em Portugal, mandou para o lixo todo o trabalho que já havia sido feito pela UMIC no sentido de levar o nosso país a emparceirar com os que, por esse mundo fora, já usam o voto electrónico há muitos anos.
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Mas o mais irritante é ouvir uma boa parte da classe política a dizer que o voto, no essencial, será para aprovar ou reprovar a acção do Governo!
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NOTA: Aos que ainda acreditam no mito da superior segurança do voto em papel (e já que falamos de eleições em Lisboa), sugere-se a leitura do livro «Eleições Viciadas? O Frágil Destino dos Votos. Autárquicas de 2001 em Lisboa», de João Ramos de Almeida.

5 comentários:

Gasolina disse...

Concerteza apareceu alguém a dizer que "era necessário fazer um estudo"! Muitos estudos, projectos, auditorias, cadernos de encargos se fazem neste País!
E o resultado?
No fundo atiram-nos com uns números e chama-lhes sondagens afastando como o mágico, a nossa atenção do verdadeiro objectivo!
Está explicado porque é que o trabalho já feito foi "religiosamente" arrecadado no fundo de uma gaveta... alguém surgirá agora com uma ideia luminosa, defensora dos interesses do cidadão!

Anónimo disse...

Pois sim abelha, a quem interessou afinal chutar para a gaveta o trabalho realizádo.
Pois sim abelha não era eu que ia fazer uns 300 kms para ir votar a LISBOA.
Quem quer bolota que trepe.
touaqui42

Anónimo disse...

Uma boa parte das discussões em torno do voto electrónico é "temperada" por um fenómeno bem conhecido (mas nunca reconhecido abertamente pelos afectados):

Quando há dificuldades de voto, a esquerda beneficia sempre, na medida em que os seus apoiantes são, regra-geral e historicamente falando, mais militantes - um fenómeno que é particularmente visível nos países em que o voto é obrigatório.

No caso de Lisboa, com uma eleição em pleno Verão, vai suceder o mesmo: será preciso que haja muita militância para que alguém se desloque centenas de km para votar.

Inversamente, a possibilidade do tele-voto (que mais cedo ou mais tarde vamos ter) favoreceria a direita.

Neste momento o problema não se põe. Mas será uma questão que nos vai bater à porta dentro de alguns anos.

Miss Alcor disse...

Eles só não conseguem o que não querem!
Por isso é que os mortos em portugal ainda conseguem votar. Eu ainda não descobri como, mas quando faltam votos, são eles que os completam!

Raquel Sabino Pereira disse...

EU EXPERIMENTEI ESSA MÁQUINA EM BRASÍLIA EM 2000!!!!!!!!!!!! É O MÁÁÁÁXIMO!!!!!!!!!!!!