Num estado catatonico, quase, ergueu-se!
Algo ou alguém lhe tocou no ponto certo.
Milagroso, quase, ergueu-se!
Olhos há anos cerrados, quais cadeados, abriram-se.
Estupefacto, quase, ergueu-se!
As pernas pareciam carregadas, presas, mexeram-se.
Sorriso, quase, ergueu-se!
Levantou o pesado corpo, de pé, caminhou.
Bocejo, quase, ergueu-se!
Recuperou o fôlego, deitou fora o catarro milenar.
Gritou, quase, ergueu-se!
Gentilmente ordenou a saída dos esfomeados.
Estava erguido!
10 comentários:
isso foi algum sonho???
hummm...
esse teu trabalho estará a fazer-te bem!?!!?!?
ehehehe
bjnhssss
Quase?
Abraço
Portugal está a tornar-se realmente um País de esfomeados,de revoltados,de tristes!
Sei que tens um trabalho novo,espero que estejas a gostar,pois se gostarmos do que fazemos somos mais felizes!Bjo.
O que torna este um texto poético é o tom onírico que lhe confere a palavra "quase", tão inesperada. Como a cassamia disse, parece um sonho. E como disse Fernando Pessoa, "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce." Um belo texto, Bernanrdo! Um abraço,
Jorge
sorry! um "typo".
Um abraço, Bernardo!
Das mais belas coisas que já escreveste! Lindo e, como disse Horushu, onírico.
Quero ler mais.
;)
jocas gordas
Meu filho,
És um poeta!!!!
Ainda não estou em mim...
Mil beijos,
Mãe
Assim gosto.
ah poeta!
Gostei do poema e imagino-te erguido a declamá-lo em cadência solene.
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