quinta-feira, setembro 10, 2009

TELL



Just listen.

1 comentário:

Jose Pedro disse...

Bem, este som está espectacular! Quer na melodia que é facilmente captada por qualquer pessoa, quer pela mensagem que pretende transmitir, quer pela qualidade do intérprete, quer pela mensagem subliminar do vídeo (agarrado obviamente à mensagem da letra). Muito bom!!

Agora, isto levanta aqui uma panóplia de questões que para mim são assaz prioritárias e prementes.

1ª questão - Trabalho infantil
Hoje em dia existem leis contra o trabalho infantil em quase todos os países do mundo! Penalizam gravemente os contratadores ou abusadores de crianças!! Sei que este intérprete estará tudo menos infeliz por estar a cantar e a gravar uma música para o mundo inteiro. Mas não é isto trabalho infantil também? A editora que o contratou pensou que esta criança provavelmente terá que correr o mundo par divlgação ao vivo deste trabalho e não terá tempo para continuar a parte mais importante: a sua educação? E os pais da criança, gerem o dinheiro que a editora lhe paga ou recebem-no directamente aproveitando-se da situação? A editora não está a contratar uma criança contra a lei?

2ª Questão - utilização de exitos musicais para parar a guerra ou a fome.
Que eu me lembre, até à data, nem o Live AID parou a pobreza ou a fome, nem nenhuma musica conseguiu parar com uma guerra. Apesar da mensagem ser claramente boa, o objectivo final da editora que lançou isto é o lucro. Uma pequena percentagem será sim desviada para ajudar a causa (senão até parecia mal). Não me parece que este aproveitamento seja lícito ou mesmo moral.

3ª questão - altruísmo da maior parte dos intérpretes que apelam a temas de consciência mundial.
Não estou a falar deste caso em particular em que o intérprete é desconhecido e de tenra idade. Mas por exemplo, o Bob Geldof (organizador do Live AID), ou o Bono Vox (vocalista dos U2 dedicado à causa contra a pobreza), têm lançado e organizado várias iniciativas a nível mundial contra a fome, a pobreza, a guerra, etc... Não duvido de forma alguma que estas pessoas sejam mesmo altruístas e queiram praticar o bem, mas que também lhes é conveniente, ai isso é!! Ao doarem quantias astronómicas para estas causas (que são apenas uma pequena percentagem daquilo que ganham), vão também beneficiar de grandes benefícios fiscais e de cada vez mais protagonismos. Não estou a dizer que está mal, mas que é ambíguo o mix entre altruísmo e benefício pessoal, lá isso é!!

Como este assunto é controverso, e nem toda a gente pensa como eu (com todo o seu direito), deixo aqui, se me permites Bernardo, espaço a debaterem as linhas que escrevi acima.