quinta-feira, setembro 17, 2009

PARA PONDERAR


Recebi este texto, hoje, por e-mail:

" Bom dia,


O António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

Talvez este mail devesse ser enviado às empresas e aos consumidores portugueses.

O Ministério da Economia de Espanha estima que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria não sei quantos postos de trabalho.
"

Depois de o ler, achei que devia partilha-lo.

6 comentários:

António Sabão disse...

Já conhecia! Tá muita fixe!!!
Abraço

Mg disse...

Sim, já é velhinho.
Mas dá que pensar, e muito!!!
Aproveitam lá para reflectir um pouco sobre isto...

É isto e aquela história dos 100 euros pagos no hotel por uns turistas...

Jose Pedro disse...

Caro Bernardo, permite-me discordar do comentário que fizeste no final deste texto.

Toda a gente sabe que, sobretudo as PME's, e também alguns monstros portugueses (tipo Sonae e PT e outros que tais...) pagam mal, logo não dão poder de compra aos seus funcionários. Também há os casos dos exploradores de funcionários que só querem o seu Ferrari e a sua grande casa, mas...

A culpa das importações não é de todo das nossas empresas!!!

Não senhor! Porugal produz produtos de qualidade compravada em todo o mundo!! Estou-me a referir a sapatos, vestuário, calçado, vinhos, produtos agrícolas, cortiça, serviços mesmo, em que os grandes cérebros deste país saem para fora pois cá não ~lhes dão condições suficientes nem os valorizam justamente (o que vem de encontro ao wue escrevi no início deste comentário).

De facto, desde que Portugal entrou na União Europeia, que entrou no sistema de quotas de produção. Ora quem tem direito às maiores quotas? Os países com maior dimensão e maior poder económico (Inglaterra, França, Alemanha e Espanha), logo, impuseram limites de produção ao nosso país, os quais, os nossos ditos "defensores", aqueles políticozinhos de merda que bradam aos céus nas camapnhas eleitorais europeias para irem para lá (pudera, são só 12.000€ mês que ganham lá... oficialmente, claro) e que durante as campanhas falam de tudo menos o que lá vão fazer, Esses senhores aceitaram tudo e mais alguma coisa! Temos agora paradoxos, como o caso dos produtores de leite açoreanos, que de repente lhes dizem que produzem demais e têem que destruir o leite em excesso, enquanto andamos a comprar leite à Parmalat (Itália), Nestlé (Suiça), Espanha, França, etc... Isto passa-se com quase todos os alimentos. Quanto ao vestuário, temos os chamados custos de produção. Sai mais barato produzir roupa nos países de Leste e na China que em Portugal. Logo, aqueles empresários com alguma visão, ainda deslocalizam as unidades de produção para esses países, os outros vêem-se obrigados a fechá-las e fali-las. Até me podem colocar a questão do desemprego, mas meus amigos, hoje em dia, nenhum emprego é seguro nem para toda a vida, logo temos que nos apetrechar com cursos, educação, etc... para que se a nossa empresa fechar, podermos partir para outra labuta... É um caso complicado, pois a maioria das pessoas está acima da média etária considerada viável para um empregador os empregar, mas há sempre alguém que os empregue... é só procurar, mas procurar a sério em vez de ficar sentado à espera de subsídios e fazer manifestações!!

ainda relativamente aos produtos agrícolas, dou-vos um exemplo: portugal é grande produtor de batata, mas os produtores preferem exportá-la para um armazém fora, e depois voltar a importá-la, pois assim conseguem mais lucro. E isto devido a quê? Carga fiscal meus caros! Já pensaram nisto? Quanto mais ganham, maior é a percentagem de IRS ou IRC que o Estado vos retira para do salário/lucro! Acham isto justo??? Passamos a vida a trabalhar para o Estado!! E que tal se pusessem uma percentagem fixa para toda a gente? tipo a segurança social em que paga tudo 11% (retirem lá os 23,75% que as empresas têem de pagar por cada funcionário também!). Parece-me que a culpa aqui é do papão do Estado e das quotas de produção impostas, às quias os nossos políticos disseram amen!! Lembrem-se do Durão Barroso, que era nosso primeiro-minsitro, e que duas semanas antes de abandonar o governo disse publicamente que nunca abandonaria Portugal e o Povo PortuguÊ... Passado duas semanas teve hipótese de ir ganhar o triplo no Parlamento Europeu! Resultado: Portugal que se lixe, aí vou eu!!

Anónimo disse...

Amigo José Pedro,
tens razão quando dizes que as entidades patronais não pagam aos funcionários valores justos que lhes permitam comprar produtos bons, ou de melhor qualidade. Apenas têm possibilidades para comprar o mais barato e não olham para o "Made in..". É bastante complexo. Existem muitos factores que provocam a aquisição de produtos feitos noutros países e os nacionais ficarem "para trás". Se há solução? Há! Se há interesse nessa solução por parte de quem nos governa? NÃO! É ai onde quero chegar, tem de existir uma racionalização dos produtos que entram em Portugal de forma a que tudo o que é feito e vendido em Portugal consiga ter um preço competitivo e permita aos consumidores fazer a escolha pelo produto e não pelo preço.
Espero ter-me feito entender, pois estou a escrever enquanto raciocino e por vezes, nos comentários surgem mal entendidos devido há falta de capacidade de expressão escrita.

Grande abraço

Jose Pedro disse...

Caro Bernardo!

Concordo plenamente quando dizes que não há interesse em que as coisas mudem!! Isto por parte de quem governa, pois assim mantêem os tachos!! Agora a frase "Talvez este mail devesse ser enviado às empresas e aos consumidores portugueses." é que me pareceu (e desculpa a confusão) que estava a colocar em cheque as empresas e os consumidores, quando a classe política e a União Europeia é que nos colocou nesta embrulhada!

Anónimo disse...

Grande José Pedro,
ainda bem que me consegui exprimir bem.
Volto a repetir-me, por vezes é difícil exprimirmo-nos bem por escrito.

Abraço