quarta-feira, janeiro 24, 2007

Debate sobre o aborto


*1






Proponho uma troca de ideias sobre o referendo que vai ser realizado no dia 11 de Fevereiro sobre o sim ou não à despenalização do aborto.

Obviamente que irei também dando a minha opinião.

*1(só consegui encontrar esta imagem para colocar aqui porque todas as outras eram horriveis)

50 comentários:

Anónimo disse...

Acredito que toda e qualquer mulher tem o direito a ser mãe em plena consciência e por sua vontade própria. Acredito ser uma violência impor uma gravidez não desejada a qualquer mulher. Em Portugal, nos nossos dias, imensas mulheres abortam na clandestinidade, por vezes em condições miseráveis e insalubres, com a total cumplicidade da nossa sociedade.
O aborto clandestino serve apenas como uma fonte de riqueza, beneficiando determinados grupos da nossa sociedade. É tempo de a nossa sociedade se preocupar com as mulheres, não as transformando em réus e não as transformando em vítimas. É necessário acabar com a hipocrisia do aborto clandestino, e dar todas as condições às mulheres que desejam abortar, apoiando-as num momento particularmente difícil das suas vidas.
Desculpa Bernardo da minha resposta ser um bocadinho longa:) beijinhos

Anónimo disse...

Concordo que as mulheres não devem ser penalizadas pela justiça quando decidem abortar.
Cássia não tens de pedir desculpa de nada!
Continuarei......

Anónimo disse...

"Referendo ao aborto"
"Bispo de Viseu diz que votaria Sim se estivesse em causa despenalização da mulher
O Bispo de Viseu, D.Ilídio Leandro, declarou terça-feira em Viseu que votaria Sim se o que estivesse em causa no referendo de 11 de Fevereiro fosse a despenalização da mulher que pratica o aborto."
Fonte:Sol

Carlos Medina Ribeiro disse...

Aqui fica a seguinte dica:

1-Como se sabe, as mulheres que podem vão abortar a Espanha.

2-A lei espanhola, embora sendo um pouco mais "liberal", foi inspirada na nossa.

3-A lei portuguesa actual, simplesmente, não é cumprida.

4-Como tantas vezes sucede quando uma lei, em Portugal, não é cumprida, o legislador muda a lei.

Quanto a fazê-la cumprir... é um assunto que nunca preocupa ninguém verdadeiramente - a começar pelos que são pagos para isso.

Anónimo disse...

Vou votar "sim" pela despenalização do aborto.
Conheci mulheres que sofreram muito, porque tiveram de abortar em condições degradantes. Como não lhes bastasse já o sofrimento psicológico provocado pela situação em si mesma! Vi de perto a sua humilhação, a sua tristeza profunda..
Conheci outras mulheres que abortaram em clínicas privadas e não foram tão agredidas.
Comparando umas e outras, eu reflicto:onde está a Justiça?
Não acredito que haja alguma mulher que "goste" de abortar. Se se têm de submeter a um aborto, é porque há um imperativo muito forte, que não as deixa ter um filho. A mulher tem, em si mesma o instinto maternal que nasce com ela!
É evidente que a decisão do acto em si, está na conciência de cada um.
Por isto, vou votar "sim".

Anónimo disse...

Cá estou outra vez Bernardo, vou colocar o tal texto.

"Dura Realidade
Acordei revoltada!!
Com tudo!!
Com este mundo!!
Com esta gente [que cada vez mais demonstra não ter coração]!!
Liguei a televisão á uns dias e qual o meu espanto quando a noticia de abertura era a de mais uma morte. Até aqui nada de novo, não fosse esta morte ser de uma menina de 2 anos que sofria maus tratos por parte dos pais. Fiquei, como eide dizer, CHOCADA!! Que ser humano é capaz de bater num ser tão inocente como uma criança??? Uma criança inofensiva, sem capacidade de dar resposta a tamanha brutalidade? Passava fome, frio, não tinha um sorriso na cara (que tão bem carateriza as crianças), não tinha amor, nem carinho.
É aqui que coloco a questão: ABORTAR é crime??? Então o que se chama a matar uma criança á "porrada" e/ou á fome?? Não será esta um crime maior? Não trará isto mais sofrimento á Criança?
Pois parece-me que ainda á por ai muita gente que critica a opção de abortar, mas esquece-se que essas crianças que vêem ao mundo sem serem desejadas são as que SOFREM mais. É certo quando dizem: " não as querem, não as tenham", mas isso já está na cultura (ou falta dela) das pessoas e não é de todo a resoluçao deste problema de violência contra crianças e abortar também não é...mas PODERÁ minimixar o problema (ou assim esperamos)."
Texto retirado do blog http://lillady.blogs.sapo.pt

Pois é.... mais uma razão para pôr em questão: Abortar é crime??? Eu não acho que seja, claro que existem casos e casos; mas as pessoas não andam por aí a engravidar a torto e a direito só para abortarem, penso eu.... Mas ter uma criança em casa sem a desejar, e maltratar até ao ponto de matar, o que é isto então??? É CRIME!!! Para mim é a mesma coisa que ABORTAR!!!
VOTO SIM
Jamais mudarei de opinião!!!

Tongzhi disse...

Sou totalmente a favor da despenalização do aborto. A minha opinião não tem a ver com o facto de algumas pessoas terem posses e irem a Espanhã, ou mais longe, ou de outras os fazerem em sítios clandestinos com melhores ou piores condições. Tem a ver com aquelas mulheres que não têm acesso a nenhum destes meios. Por outro lado, considero que um filho não desejado será sempre uma criança "enjeitada", mesmo que mais tarde a opinião da mãe mude... Mas acho que não basta despenalizar, é preciso educar e informar.

lino disse...

Eu também voto SIM e insurjo-me contra a hierarquia da minha igreja que não tem vergonha de violentar e manipular consciências. Como se pode verificar no meu canto, "thesoundofsilence", em várias postas (esta é para o Bernardo) que lá afixei a partir de 6 de Dezembro passado.

Anónimo disse...

... a vinda a publico de Rebelo de Sousa com a ideia que é contra o facto das mulheres serem punidas ...mas vota "Não" é o exemplo claro que Há mais gente a perturbar ...do que a clarificar... mas também há outra situação...não se percebe a vinda a publico de opiniões de politicos e lideres religiosos quando ests á uma materia que exige bom senso ...que é coisa que essas pessoas não têm...
FORÇ'AÍ!
js de http://politicatsf.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

A minha opinião vai um pouco de encontro aquilo que diz o sr. Medina Ribeiro, não faz muito sentido andar a criar novas leis quando as que existem não são aplicadas da forma que deviam. No entanto o voto no sim pode e deve criar condições dignas para a uma mulher abortar dentro das condições previstas na lei. Só espero que por detras liberalização nao se esteja
a criar um negocio, com principios pouco sociais...

Anónimo disse...

Até agora tenho concordado com muitos pontos que são apresentados e deparo que vão todas,de certa forma ao encontro do mesmo.
Continuarei...

Swatch disse...

Bernardo, respondendo ao seu convite, aqui estou.
Pois, eu quero dizer que a minha posição perante a IVG é totalmente favoravel; e não é pelo facto de as mulheres terem de ir a Espanha para interromper a gravidez; é tão simplesmente para se deixar de ver crianças indesejadas a serem abandonadas em sacos de plastico, dentro de contentores de lixo, junto às portas das igrejas; para se deixar de ver crianças a mendigar, a serem maltratadas, exploradas, abusadas, dadas para adopção.
Que não nos iludam com falsos moralismos!

Anónimo disse...

Eu sou a favor a IVG não porque goste ou porque ache correcto, mas porque vivemos numa sociedade tão egoísta que entre ter as crianças enfiadas num saco plastico e colocadas no lixo, e ver imensas abandonadas pelas instituições como aqui em Santa Maria da Feira e noutras localidades, e saber que muitas mães sofrem horrores para terem mais um filho indesejado, por saber que muitas crianças vão ter outras crianças porque não têm como recorrer ao aborto, entre saber que a injustiça existe e ignorá-la prefiro votar sim, para que quem necessite de usufruir de uma situação que apesar de horrivel é a única solução que encontram na hora.
Respeito a decisão de todas as mulheres, pois cada uma deve responder por si, e nunca podemos dizer que a nós nunca nos vai acontecer.

Anónimo disse...

Eu também detesto, repudio falsos moralismos, mas infelizmente é o que há mais por aí. Contudo sei identificá-los e não lhes dou crédito nenhum.
O retrato que "KASKAEDESKASKA" faz sobre a zona onde mora é visto um pouco por todo o pais, INFELIZMENTE.
Realmente penso que será uma das coisas positivas que se o SIM no referendo "vencer" é acabar com a crueldade,desumanidade e muitos outros adjectivos poderiam descrever o que fazem a crianças recém-nascidas, falo do exemplo de colocá-las em contentores do lixo e etc...
Continuarei...

RIC disse...

Tento pegar neste assunto segundo outro ângulo: um dos argumentos do «Não» prende-se com o direito à vida de todo oser por nascer. Até aqui. nada contra. Mas então revela-se aquele aspecto da nossa mentalidade - infectada e doente durante quase 50 anos - que transforma tudo o que deve ser intervenção social em «ajudazinhas caritativas».
Não interessa nada, por exemplo, que adolescentes fiquem com as vidas comprometidas ao engravidarem, porque - pelos vistos - há sempre almas caridosas dispostas a darem uma ajudinha à futura mãe e ao bebé. Curiosamente, porém, as ditas «ajudazinhas caritativas» aumentam muito sempre que a questão da IVG vem à colação. Uma vez passada a febre (como agora), que vidas são as de crianças de 12 e 15 anos com bebés nos braços?
E as ajudazinhas desaparecem tal como tinham aparecido...
E não há aqui hipocrisia? Há o quê então?
Dia 11? Sim!
Abraço! :-)

Anónimo disse...

Caro Ric,
Tocaste num ponto que ainda não tinha sido tocado, crianças a terem que criar crianças. Realmente são situações muito complicadas e por norma essas crianças vão acabar em casas de acolhimento para serem adoptadas, quando o são.
Continuarei....

Anónimo disse...

O Marcelo Rebelo de Sousa diz é a favor da despenalização mas vai votar "não" neste referendo

Isto só mostra uma certa incapacidade para perceber a vida real das pessoas porque apesar de ainda não ter encontrado nenhum activista da campanha do “não” que dissesse, com clareza, que acha que as mulheres que praticam aborto devem ser efectivamente presas, que nem sequer devem ser julgadas, e, no entanto, defendem que a lei deve continuar a dizer que a mulher grávida que dê o seu consentimento ou que pratique um aborto seja punida com pena de prisão até 3 anos (números 2 e 3 do artigo 140.º do Código Penal). Esta é talvez a posição mais insustentável do seu discurso. Querem uma lei que não querem aplicar. Só que uma lei não serve para dar conselhos. Uma lei define regras e sanções. Se não querem ver as mulheres presas, se não as querem ver no tribunal, não podem defender que a lei o queira.

Anónimo disse...

Caro Kumkaneco,
Concordo com o que diz.
Continuarei...

Anónimo disse...

...porque entendo e tenho a certeza de que liberalizar o aborto NÃO poupará mais vidas, nem dinheiro às pobres mulheres que o fazem, tenho a certeza, sem serem responsáveis do CRIME que cometem porque é a vida de seu filho(a) que eliminam, o que não modifica a gravidade do acto...se matarmos alguém mesmo que em legítima defesa temos que ser sempre e objectivamente julgados, apenas a "pena" poderá ser anulada e A PESSOA declarada inocente devido às circunstâncias.
São fechadas maternidades e serviços de ginecologia pela país fora e vão formar agora equipas e reabrir serviços por causa daquelas que a pedido se querem desfazer dos bébés "porque sim"?é crime destruir os ovos dos ninhos de aves em extinção e nós GENTE também não estaremos em PERIGO.?Onde estão as SOCIEDADES PROTECTORAS DAS PESSOAS?POIS É ,ESTÃO NA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM-O DIREITO À VIDA.
abraço forte da mena

Pedro disse...

A conversa está muito interessante,
mas parece que agora é que vai animar...

Anónimo disse...

Pedro, aguardo a tua opinião.
Abraço.

Anónimo disse...

Continuarei...

Anónimo disse...

Não me acredito que o SIM ganhe, mas vou votar SIM para marcar a minha posição!

Anónimo disse...

Porquê? Devido há abstenção ou porque achas que as pessoas estão mais convictas no NÃO?
Continuarei...

lino disse...

Bernardo:
Vi o recado, mas eu já estava a acompanhar. Aquela referência que lhe fiz em comentário anterior não tinha nada a ver com os seus comentários no meu sítio, mas sim com a utilização da palavra "posta". Lembra-se no nosso "diálogo" no "sorumbático"?

Anónimo disse...

Sim, perfeitamente! Fiquei esclarecido e aprendi uma "lição", como lá escrevi foi ignorância atrevida da minha parte!
Abraço

Anónimo disse...

«Percentagem de eleitores que garantem ir votar caiu para os 58%»

«Diferença entre "sim" e "não" reduzida para 18% em três meses»

«Norte é a região onde há mais eleitores (46%) contrários à despenalização»

Sondagem Universidade Católica/RTP/Antena 1/JN

Continuarei......

Anónimo disse...

Da mesma maneira que é inconcebivel admitir a pena de morte e o aborto na sua essncia é uma pena de morte. Porque se pensa em arranjar processos legais para o fazer e não se pensa em legislar de acordo com a obrigatoriedade do estado assumir o encaminhamento dessas crianças, não desejadas pelos pais, mas nascidas, já que existe tanta gente a querer adoptar e não consegue?

Anónimo disse...

Caro Alberto,
Será porque não interessa a este governo? Muitos custos? Será porque este pais é uma desgraça no que toca em quase todos os pontos especialmente nesse. Grande parte das crianças que estão em casas de acolhimento para serem adoptadas ficam lá o resto da vida, pois com a burocracia acabam por chegar aos 14 anos idade limite para adopção e a partir daí ficam até ser maiores de idade nas instituições e casas de acolhimento. Por arrasto acabam por ser pessoas com más formações e com muitos traumas e muitos acabam por se tornar marginais e seres humanos que não têm qualquer respeito pela humanidade.
Continuarei...

Anónimo disse...

"Ecografias
O JORNAL ESPANHOL “El País” dizia que a melhor maneira de evitar que 70% das mulheres que pensavam abortar, o fizessem, era mostrar-lhes uma ecografia do feto na sua barriga.
Esta informação do “El País” tem origem numas clínicas norte-americanas que informam com a maior clareza possível as suas pacientes do que lhes vão fazer. Aqueles que se submetem a algum acto médico, cada vez mais exigem saber o que lhes vão fazer, não seja o caso de saírem do bloco operatório com a surpresa duma perna a menos ou com a prenda inesperada das trompas terem sido laqueadas por decisão unilateral do cirurgião, preocupado com a carreira profissional da jovem mamã e com o desgastante “stress” que filhos a mais lhe poderiam causar.
O resultado do estudo daquelas clínicas americanas não é mais do que a consequência da boa informação. Quando a informação é boa, os resultados podem mudar. Muitos resultados poderiam ser diametralmente opostos se fosse respeitada a exigência das pessoas que querem ser bem informadas.
Que ecografia teríamos de mostrar aos governantes para eles não quererem fazer asneiras tão grandes?
JOAQUIM LETRIA - «25ªHORA» - «24 horas»"

Afixado com autorização de http://sorumbatico.blogspot.com

Pedro disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Pedro disse...

Parabéns ao Alberto:
Finalmente alguém traz à conversa argumentos para fazer os "Sim" falarem de algo mais do que o drama das mulheres que abortam...

Anónimo disse...

Sim Pedro concordo com esse ponto.
Continuarei.....

Anónimo disse...

Sou contra o Aborto.

Vou votar SIM no referendo pelas seguintes razões:

-Se a mulher toma a decisão, muito difícil, de fazer um aborto deve ter direito às melhores condições clínicas para o fazer.

-Porque não quero assistir mais às desumanidades que muitas mulheres fazem ao colocarem recém-nascidos em contentores do lixo.

-Preocupa-me muito o número de crianças que estão em casas de acolhimento e que não são adoptadas porque o sistema português não o permite e essas crianças são muitas vezes maltratadas. Quando estas crianças atingem os 14 anos de idade deixam de poder ser adoptadas e passam o resto da vida, até serem maiores, nestas instituições. A maior parte das vezes tornam-se adultos com muitos traumas, não têm qualquer respeito pela humanidade e acabam por se tornar marginais.

-Cada ser humano deve vir a este mundo e ser bem acolhido, desejado e receber amor, bons princípios e tornar-se um bom ser humano que acima de tudo respeita a humanidade.

-Porque com a VIDA não se brinca.

Anónimo disse...

Para todas as pessoas que sao a favor do aborto, aconselho a lerem esta pagina. Agradecia que lessem até ao fim, e se possível que depois comentassem.

http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo247.shtml

Anónimo disse...

Caro Fernandes,
Li o que está na página que indicou.
A única coisa que poderei dizer é que cada caso é um caso e não estou a dizer isto por dizer, é a realidade.
Tornasse muito complicado para nós individuos classificar caso a caso, obviamente que o caso que descreve é mau.
Se tiver lido no meu último comentário e sou contra o aborto, mas sou a favor desta lei. Sou a favor desta lei para que as mulheres possam ser acompanhadas a todos os niveis, psicologico e fisico. No aspecto fisico a que me refiro,será terem a possibilidade de quando tomam a dificil decisão de abortar terem as melhores condições clinicas e não fazerem o aborto em qualquer "vão de escada".
Continuarei......

Anónimo disse...

«A maioria dos surdos vai faltar ao referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) por falta de informação, segundo a Federação Portuguesa das Associações de Surdos.
Para "dar a melhor informação possível à comunidade surda para que possa votar em consciência, para que não se engane e vote na opção certa", a Federação organizou, hoje, em Lisboa, um debate.

"As campanhas de sensibilização para o sim ou não ao aborto não prestam atenção à comunidade surda. Os técnicos de tradução deviam ser chamados para que os surdos portugueses pudessem ter direito a toda a informação", defendeu o presidente da Federação, Arlindo Ilício Oliveira, em declarações à Agência Lusa.

De acordo com Arlindo Oliveira, a falta de informação não é só da responsabilidade da comunicação social, considerando que o "Governo também não se lembra dos surdos, só na altura dos votos".

Patrícia Santos, oradora no debate, referiu que "a maioria dos surdos não vota em eleições ou referendos precisamente por não se sentir bem informado, o que também vai acontecer agora".

Considerou também que os telejornais e programas políticos têm uma importância fundamental para o esclarecimento de vários assuntos e "deixam de fora a comunidade surda" por ausência de técnicos de tradução.»

Noticia Jornal de Notícias

Anónimo disse...

"Aborto: Papel do progenitor divide defensores do «sim» e «não»

Os partidos e os movimentos que defendem o «sim» e o «não» à despenalização do aborto no referendo de 11 de Fevereiro dividem-se também quanto ao papel do progenitor na decisão de interromper uma gravidez."

Fonte:D.D.

Anónimo disse...

Já era de calcular:

"PS defende taxas moderadoras sobre o aborto.
O PS defendeu, em resposta a um questionário da agência Lusa, que «devem ser aplicadas taxas de moderação» às interrupções da gravidez feitas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), como acontece com outros actos médicos"
Fonte:Lusa

Anónimo disse...

Aconselho vivamente a consulta do seguinte blog:
http://tsofsilence.blogspot.com/

Anónimo disse...

Penso que o Estado não deve criar dificuldades às mulheres punindo-as com penas prisão, antes deve trazer para a legalidade quem decide fazêr o aborto até para que possamos compreender com mais profundidade os motivos dessa decisão.
Pessoalmente defendo que o prazo das 10 semanas é curto porque para que a mulher possa efectivamente decidir fazer um aborto por opção, é necessário primeiro que esta saiba que está grávida, sabendo nós que existem muitos casos de mulheres que só o descobrem para lá das 10 semanas e também porque é necessário existir tempo para poder decidir com razão e fundamentação algo de tão difícil. Por vezes a mulher acaba mesmo por mudar de ideias em relação à decisão inicial de fazer o aborto se lhe for dado apoio psicológico, apoio social (muitos dos problemas que estão na base da decisão prendem-se com questões financeiras).
Mas entendo que este é o consenso social possível de atingir neste momento e aceito como boa esta hipótese das 10 semanas.

Outro dos motivos que penso ser de monta para votar "sim", prende-se com o facto de mesmo em situações que são plenamente condenadas pela sociedade e consensualmente aceites de tal forma que são considerados comportamentos desviantes e por isso raramente alguém os pratica, mesmo esses casos não têm por defeito a obrigatoriedade de imposição de uma qualquer lei por parte do Estado... Deixa-se aos indivíduos a decisão de livremente agirem conforme melhor lhes aprouver... estou a falar por exemplo do caso de relacionamentos incestuosos ou de consanguinidade...

Ora no caso do aborto, nem sequer existe um consenso, nem mesmo uma maioria clara sobre este assunto. A sociedade encontra-se em profunda divergência, e daí se poder inferir que a existência de uma lei que impôe a uma das partes a convicção moral da outra, ainda por cima com força de lei e punições com cadeia parece-me de todo em todo despropositado e incisivo dos direitos e liberdades dos cidadãos.

Finalmente também me parece que esta lei provou ser uma arma pouco eficaz contra o aborto.
As leis devem reflectir as evoluções sociais e devem adequar-se a cada momento e a cada tempo de cada sociedade. E parece-me a mim que este é o tempo certo para mudar esta lei que já não responde aos anseios dos portugueses. Pela minha experiência de vida e se me ligar um pouquinho à terra, consigo facilmente verificar que esta é também uma lei injusta, pelo simples facto de que quem tiver possibilidades financeiras vai fazer o aborto a Espanha ou a outro qualquer país do centro da Europa com todas as condições necessárias. Quem não tem, arrisca-se a fazê-lo por cá muitas das vezes sem as minimas condições de dignidade e a juntar a isto, com a possibilidade de ter a justiça a apontar o dedo e a sofrerem humilhações públicas em salas de tribunal e com possibilidade de poderem ser encarceradas.
Há todo um estigma que paira sobre as cabeças das mulheres que decidem fazer o aborto que muito boa gente em Portugal pretende manter como se de umaa espada se tratasse, talvez como forma ultima de demonstar que o velho machismo ainda não pereceu e que isto não passará de mais uma luta de demonstração de Poder em que o homem mostra à mulher quem de facto detém o Poder de mandar...

Tenho dito!

Anónimo disse...

Caro KUMKANEKO,
Tem dito e muito bem dito!
Abraço.
Continuarei...

Anónimo disse...

"..."ainda se enfiam agulhas de tricô" em pleno centro do Porto"



"Tenho a consciência tranquila, sabe? Porque se não tivesse ajudado aquelas mulheres elas iam meter agulhas até ao útero para abortarem. Há quem pense que isto das agulhas já não existe, que o raminho de salsa [enfiado na vagina até ao colo do útero] já não existe. Existe, pois! Todos os dias acompanho gente que vive em bairros de miséria. Essas pessoas não vão a Espanha! Nem tomam Cytotec. Enfiam agulhas de tricô, sim. Atiram-se pelas escadas abaixo, sim."


As palavras, como rajadas, pertencem a José António Pinto, assistente social da Junta de Freguesia da Campanhã, Porto, um dos envolvidos no famoso julgamento da Maia, que sentou 43 arguidos no banco dos réus, e em que uma enfermeira-parteira foi condenada a oito anos de prisão. José Pinto confessou que sim, encaminhava as mulheres para aquela morada. "Mulheres que viviam no limiar da condição humana. Que não podiam ter mais um filho porque já nem comer tinham para dar aos outros." Foi absolvido, os magistrados não acreditaram que angariasse mulheres e recebesse dinheiro pelos abortos. As próprias mulheres confessaram que José Pinto as tentava demover, mas que a vida já tinha decidido por elas.


Por conhecer tão bem a pobreza, indigna-se quando ouve os movimentos pelo "não" assumirem-se "pela vida". Como se quem aborta fosse "pela morte". "Eu também sou pela vida! Mas pela vida em abundância, pela vida desejada e com condições." Hoje, as mulheres procuram-no menos, para pedir esse tipo de ajuda. "Têm medo de me prejudicar." E, por isso, vão a uma conhecida senhora de um bairro no centro do Porto (igual a tantas outras de outros bairros) que lhes abre as pernas e enfia ramos de salsa. Ou então, as que podem pagar, vão a uma ainda mais conhecida clínica perto de Aveiro.


A clínica, essa clínica do centro do país, é aquela a que mais mulheres portuguesas recorrem, logo depois da Clínica dos Arcos, em Badajoz. As contas apontam para 500 a 600 abortos por ano. Cá fora, no parque de estacionamento, há rapazes e raparigas que se olham, quem sabe procurando ainda outras soluções. Alguns são muito novos, as borbulhas tão acesas como as hormonas, os corpos quase infantis. Há meninas de olhar assustado acompanhadas pelas mães.


A clínica tem muitas especialidades, mas há um vai-e-vem de mulheres que, na conversa com o psicólogo, explicam as razões para a inviabilidade daquele filho. O director da clínica garante que as interrupções são feitas à luz da lei, que possibilita o aborto nos casos em que a gravidez seja uma ameaça à saúde física ou psíquica da mulher. E ali, o factor psíquico é determinante. Uma carta do psicólogo atesta o perigo. A ecografia (feita sem o cuidado de ocultar a imagem do embrião dos olhos de quem o carrega) certifica as semanas de gravidez. O procedimento é feito, numa sala sem luxos nem sofisticações, numa marquesa com estribos e uma tina de metal no meio. Paga-se um mínimo de 550 euros, e trocam-se poucas palavras, muito poucas palavras. No final, uma enfermeira vem para acariciar os cabelos, ajeitar os cobertores, "sim, o frio é normal", e carregar na barriga, "para ajudar a limpar o útero". Sai-se uma meia hora depois, com uns comprimidos para tomar e uma vida para prosseguir."

http://kaskaedeskaska.blogs.sapo.pt

Colocado com a autorização do autor.

Anónimo disse...

«Aborto: Propostas para mudar moldura penal
Bagão Félix e Alexandre Relvas lançam desafio no 4º dia de campanha




O quarto dia de campanha oficial para o referendo sobre o aborto teve como novidade o desafio lançado por Bagão Félix e Alexandre Relvas para se manter o aborto crime mas alterar a sua moldura penal.

Numa visita à instituição Ajuda de Mãe, em Lisboa, Bagão Félix, ex-ministro das Finanças e da Segurança Social dos governos PSD/CDS-PP, defendeu que, se ganhar o "não" o aborto deve manter-se crime mas todos devem comprometer-se a mudar no a sua moldura penal.

Em vez da pena de prisão de até três anos, o Código Penal deve prever, por exemplo, trabalho comunitário para as mulheres, propôs Bagão Félix, mandatário da "Plataforma Não Obrigada", contra a despenalização do aborto feito até às 10 semanas por opção da mulher.

Por outro lado, o ex-director da campanha presidencial de Cavaco Silva, Alexandre Relvas, também pelo "não" no referendo de 11 de Fevereiro, tinha sugerido num jantar, quarta-feira, manter o aborto crime mas atenuar ou dispensar a pena para as mulheres, através do princípio do "estado de necessidade desculpante".

A ideia, do ex-presidente do CDS-PP Freitas do Amaral e apoiada, entre outros, pela deputada do PSD Zita Seabra, consiste no princípio de que todas as mulheres que abortam agem "sem culpa" e para "afastar um perigo actual, e não removível de outro modo, que ameace a vida, a integridade física, a honra ou a liberdade".

O dirigente socialista Marcos Perestrello considerou que as propostas p ara alterar a moldura penal do aborto, mantendo-o crime, são "ruído lançado por pessoas, designadamente o doutor Bagão Félix, que quando tiveram responsabilidades governativas nada fizeram".

Por sua vez, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, considerou a proposta de Bagão Félix "cínica e hipócrita que no fundo quer continuar a tratar as mulheres que recorrem à interrupção voluntária da gravidez como criminosas ".

"Este senhor e outros que o apoiam passaram o tempo todo a falar do início da vida e agora usam este argumento para confundir as pessoas. Se está em causa a vida, como é que agora defendem a alteração da lei?", questionou o dirigente comunista.

Helena Pinto, deputada do BE e mandatária do "Movimento Voto Sim" questionou porque é que os autores das propostas "tiveram oito anos e vêm agora, a um a semana do referendo, fazer uma proposta à posteriori que só confunde os portugueses".

A deputada do BE sustentou que a proposta de Bagão Félix "não passa de uma promessa" e considerou que "não faz qualquer sentido" porque "nem garante a despenalização" do aborto nem "resolve o problema do aborto clandestino e da saúde das mulheres".

Também hoje, o grão-mestre da obediência maçónica Grande Oriente Lusitano (GOL), António Reis, manifestou esperança na vitória do "sim", defendendo o fim da "utilização repressiva do aparelho do Estado para impor a toda a sociedade as convicções éticas de uma ou mais confissões religiosas".

Numa arruada no Porto, o ex-dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier, defensor do "não" no referendo, argumentou que a despenalização do aborto nas primeiras dez semanas é uma "solução simples" que atira os problemas "para debaixo d o tapete".

Igualmente no Porto, quinta-feira à noite, o professor de Biologia Celular Mário Sousa, defensor do "Sim", disse que os movimentos conscientes e a consciencialização do "eu" só acontecem depois dos seis meses de gestação do feto.

Em Pataias, Leiria, foi cancelada quinta-feira à noite pelo pároco a procissão de apelo ao "não" que estava anunciada, contra "todas as formas de violência e morte" e que deveria incluir a imagem de Nossa Senhora da Esperança - que despertou polémica na localidade e iria contar com uma "contra-procissão" do "sim".

O físico e biólogo Alexandre Quintanilha, convidado do programa da RTP1 "Grande Entrevista" assumiu-se a favor do "sim" porque considera "inconcebível criminalizar as mulheres que o praticam, numa decisão que é sempre de grande sofrimento pessoal".»

Jornal de Notícias

Cris disse...

SIM, porque há que regularizar um problema que está claramente fora de controlo.

SIM, porque é um contra-senso manter uma lei que pura e simplesmente não funciona, nem é aplicada.

E SIM, porque é não a moral que está em causa. É uma lei, que a nada obriga. Vamos ser pragmáticos, realistas e viver num mundo às claras.

Anónimo disse...

"Se o referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez fosse hoje, o "Sim" ganharia. É esta a conclusão de um estudo da Eurosondagem feito para a SIC, Expresso e Rádio Renascença. Na projecção, realizada através do método de voto em urna, o "Sim" está à frente, a seis pontos de distância do "Não"."


Fonte: Siconline

Anónimo disse...

Li um texto muito simples escrito pela Rita Ferro Rodrigues que transcrevo de seguida:
Carminho & Sandra *

Carminho senta - se nos bancos almofadados do BMW da mãe. Chove lá fora
..Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam
pela face. A mãe conduz o carro e aperta - lhe ternamente a mão. Há muito
trânsito na Lapa ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas
aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho de
Espanha.

(Mais a baixo na cidade)

Sandra senta - se no banco côr - de - laranja do autocarro 22 que sai de
Alcântara. Chove lá fora. Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas
enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe está sentada ao lado dela.
Encosta o guarda - chuva aos pés gelados e aperta - lhe ternamente a mão. Há
muito trânsito em Alcântara ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e
vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho
de casa de Uma Senhora.

O BMW e o autocarro 22 cruzam - se a subir a Avenida Infante Santo.

Carminho despe - se a tremer sem nunca conseguir estancar o choro. Veste uma
bata verde. Deita - se numa marquesa. É atendida por uma médica que lhe
entoa palavras doces ao ouvido, enquanto lhe afaga o cabelo. Carminho sente
- se a adormecer depois de respirar mais fundo o cheiro que a máscara exala.
Chora enquanto dorme.


Sandra não se despe e treme muito sem conseguir estancar o choro. Nervosa ,
brinca com as tranças que a mãe lhe fez de manhã na tentativa de lhe
recuperar a infância. A Senhora chega. A mãe entrega um envelope à Senhora.
A Senhora abre - o e resmunga qualquer coisa. É altura de beber um liquido
verde de sabor muito ácido. O copo está sujo, pensa Sandra. Sente - se
doente e sabe que vai adormecer. Chora enquanto dorme.

Carminho acorda do seu sono induzido. Tem a mãe e a médica ao seu lado. Não
sente dores no corpo mas as lágrimas não param de lhe correr cara abaixo.
Sai da clínica de rosto destapado. Sabe -lhe bem o ar fresco da manhã. É
tempo de regressar a casa. Quando a placa da União Europeia surge na estrada
a dizer PORTUGAL, Carminho chora convulsivamente.

Sandra não acorda. E não acorda . E não acorda. A mãe geme baixinho
desesperada ao seu lado. Pede à Senhora para chamar uma ambulância. A
Senhora não deixa, ponha - se daqui para fora com a miúda, há uma cabine lá
em baixo, livre - se de dizer a alguém que eu existo.
A mãe arrasta a Sandra inanimada escada a baixo. Um vizinho cansado, chama o
112 e a polícia.
Sandra acorda no quarto 122 dias depois. As lágrimas cara abaixo. Não
poderás ter mais filhos, Sandra, disse -lhe uma médica, emocionada.
Sai do hospital de cara tapada, coberta por um lenço. Não sente o ar fresco
da manhã. No bolso junto ao útero magoado, a intimação para se apresentar a
um tribunal do seu país: Portugal.


Eu voto sim . Pela Sandra e pela Carminho. Pelas suas mães e avós. Por mim.
Rita Ferro Rodrigues

Anónimo disse...

Please help Brazil to get more severe laws
Today watching the news i felt that i should perform this,
send this email to most of people i can all around the
world, as a trial to put an end to the impunity
sovereign in my country for many years.

The murderers of this boy will be arrested in the maximum for
3 years because of our condescending immutable laws.

Please help us to get rid of facts like this the way you
are able to we do not matter how you do this.

This fact is real and happened on feb 7th in Rio de Janeiro, Brazil.


The crime happened in a suburb of Rio de Janeiro,
when two robbers attacked a car where was 6 years
old boy João Hélio Fernandes her mother and sister.
The mother and sister could scape and when his mother
tried to remove the boy from behind of vehicle he got
tied to the belt and got pulled for more than 5 miles
what resulted in his brutal and painful death.

Anónimo disse...

My friend how can we help?
We know what unfortunatly happens every day in Brasil, but what can we do?

Anónimo disse...

This is a very serious thing I hope that it isn´t nobody making jokes with it.