NAS ASAS DA NOITE
Nas asas da noite,O dia vira história.Fala-se aqui e ali de momentos,Das partículas do dia.Nas asas da noite,Agasalham-se, juntam-se.Tertúlias de aureos tempos,Ao calor da fogueira fria.Nas asas da noite,Encolhem-se em cantos.Pensa o pobre na vida,Vida com mais encanto.Nas asas da noite,Movem-se os tristes.De dia a coragem foge-lhes,Não se sentem heróis.Nas asas da noite,Sofre-se nas calçadas.Chora-se nas esquinas,Querem-se palavras.Nas asas da noite,Crianças choram.Por seus pais imploram,Heróis da noite isso ignoram.Bernardo Moura 19/12/2010
6 comentários:
Este teu poema, meu filho, está lindíssimo. É a arte ao serviço da pobreza, poema de intervenção!!!
Muitos parabéns.
Muitos beijos,
Mãe
Emocionei-me, Bern. Continuas a escrever de peito aberto e, muitas vezes como agora, sangrando.
Bem-hajas por seres quem és.
beijocas grandes e um santo Natal para ti e tua família.
Muito bonito, o teu poema.
E digo mais, nas asas da noite temos de beber uns copos e apanhar um valente borracheira. lol
Grande Abraço e continua a escrever
Grande matraquilho,
saio à noite, de dia no luz-que-fusque mas apanhar borracheira não. Tu bebes o que te der na veneta eu, como sabes, não bebo alcóol.
Quando é que vens ao norte?
Abraço
Querida mãe,
falas assim porque és minha mãe. :)
Ainda tenho de trabalhar muito para escrever um poema.
Bjs
Querida Gmaciel,
as tuas palavras deixam-me emocionado.
Como disse à minha mãe ainda tenho de trabalhar muito para escrever um poema.
Obrigado.
:)
Bjs
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