NAS ASAS DA NOITE

Nas asas da noite,
O dia vira história.
Fala-se aqui e ali de momentos,
Das partículas do dia.

Nas asas da noite,
Agasalham-se, juntam-se.
Tertúlias de aureos tempos,
Ao calor da fogueira fria.

Nas asas da noite,
Encolhem-se em cantos.
Pensa o pobre na vida,
Vida com mais encanto.

Nas asas da noite,
Movem-se os tristes.
De dia a coragem foge-lhes,
Não se sentem heróis.

Nas asas da noite,
Sofre-se nas calçadas.
Chora-se nas esquinas,
Querem-se palavras.

Nas asas da noite,
Crianças choram.
Por seus pais imploram,
Heróis da noite isso ignoram.

Bernardo Moura 19/12/2010

Carlos Pinto Coelho

A 25 de Agosto de 2008 participei num desafio feito por Carlos Pinto Coelho no blogue Sorumbático. Para minha total surpresa fui um dos vencedores. Surpresa porque eu escrevo mal, mesmo! Quero partilhar com os leitores do Cuaoléu como me deixou feliz ter ganho este prémio avaliado pelo ENORME Carlos Pinto Coelho.

Bernardo Moura said...

Fugi ao pedido e não escrevi um diálogo.
Como vi o post há uns dias e de repente apeteceu-me participar, não me recordei que teria de ser um diálogo.

Aqui deixo o que escrevi:


Três e meia da tarde e a temperatura obrigava a um repouso.
Uns gozavam a sesta, outros liam e alguns recordavam sem nostalgia o passado e sorriam.
Poucos eram os que se tinham habituado ao silêncio das tardes, noites e manhãs. Gozavam-no como ninguém, por vezes sentiam e comentavam com outros que parecia um sonho.
A paz tinha aparecido há cerca de três anos.
Novos e bons hábitos se tinham enraizado na sociedade. Um deles era o convívio no café após a sesta, que proporcionavam grandes gargalhadas, jogatinas, lanches e muitas tertúlias sobre a vida. As crianças brincavam na rua junto à entrada do café com berlindes, piões e jogos de grupo.
Sentada numa cadeira da esplanada Yahweh recordava a sua infância. Não tinha sido fácil, pelo contrário. Tinha sido dura, traumatizante. Guardava memorias horríveis e no entanto ao olhar as crianças, as pessoas que riam dentro do café, pensou: “ Tudo passou! Tudo melhorou! Viverei bem! O meu passado? Esse, vou fingir que foi um livro que li, não gostei e queimei! “.

Não sinto que este texto seja bom.
Gostaria é que a realidade em Israel fosse outra.

Um abraço,

Bernardo

25 de Agosto de 2008 13:55

CONCURSO/PASSATEMPO NA MINHA TRAVESSA


Os livros pesados

Mesmo sem ter pedido autorização ao dono deste Cú ao léu, a minha habitual falta de vergonha leva-me a publicar uma coisa que podem ler, comentar e, sobretudo, responder lá na Travessa. Não é preciso mais nada. Ponto.

Vamos a isto. É o primeiro concurso/passatempo desta nova série. Já vos tinha dito que era fácil; e é. Antes do mais, tenho de deixar aqui um abraço de agradecimento ao meu Amigo e primo deste senhor bloguista, Carlos Medina Ribeiro, o qual é o «patrão» do http://sorumbatico.blogspot.com que me meteu o vírus destas andanças. E me ensinou as maneiras diversas de cozinhá-las, se bem que não tantas como as 1001 do bacalhau.


Na gravura pode ver-se uma balança vulgar, daquelas de casa de banho, que, por acaso, tem aguentado estoicamente os meus muitos quilitos.

Nela, foram colocados dois dicionários e dois livros de autor. E o valor que estava no mostrador foi apagado propositadamente, pois a pergunta é – qual é o peso dos quatro volumes. Uma ajuda: ele fica entre os 3,700 kg. e os 4,900 kg. Os números podem ser arrdondados aos 0,5.  Respondam, então, para a Minha Travessa, até às 17:00 de sexta-feira, 17, para, depois de apurados os vencedores, eu poder remeter os prémios, que serão três livros, um para cada um dos três melhores «atiradores». E, não se esqueçam que o Natal está já aí à esquina e os correios ficam normalmente entupidos. Como vêem, não é nada complicado, bem pelo contrário.

Cada concorrente pode avançar com três hipóteses em três comentários diferentes. Os três comentadores que acertarem na mosca ou que ficarem mais próximos do número certo, serão os contemplados. No caso de dois ou mais concorrentes terem enviado números iguais, que possam ser vencedores, a rapidez das respostas será o critério de desempate. Boa sorte.

Antunes Ferreira

Carta a "Um filho de um Deus maior"

Como as homenagens aos GRANDES passam despercebidas..

É triste.

Aproveitem!